quarta-feira, 21 de julho de 2010

Assis Brasil publica texto de apoio aos músicos


O escritor Luiz Antonio de Assis Brasil dispensa apresentações.

O que talvez não muita gente saiba é que, bem antes de se tornar um renomado homem das letras, Assis Brasil foi violoncelista profissional.

Anteontem ele publicou texto no jornal Zero Hora, manifestando seu apoio aos músicos da OSPA em suas reivindicações. Destacamos um trecho logo abaixo.


Para ler o texto na íntegra, clique aqui .


"Os músicos da Ospa travaram uma longa e exasperada batalha, que – aparentemente – chega ao fim, destinada a obter que o Estado cumpra a Lei 12.404, de 20 de dezembro de 2005, a qual manda reajustar, anualmente, um modestíssimo valor para conservação de seus instrumentos e, ainda, se restarem alguns centavos, para ajudá-los a comprar e manter a indumentária necessária para as apresentações públicas. Esse subsídio não era mexido há anos. Quem frequenta shoppings sabe o valor de um smoking e os preços das lavanderias."


domingo, 18 de julho de 2010

Carta ao Dr. Ivo Nesralla

A Diretoria da AFFOSPA entregou uma carta ao Presidente da FOSPA, Dr. Ivo Nesralla, na qual, muito além de comunicar a insatisfação com os problemas mais prementes que afligem o trabalho e a vida da Orquestra, manifesta a disposição dos músicos em trabalhar, de corpo e alma, em parceria com a Direção, o governo do Estado, e a sociedade em geral, para efetivamente sanar esses problemas.

Segue a transcrição integral do documento.



ILMO. SR. DR. IVO NESRALLA
MD PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO OSPA
NESTA CAPITAL

Porto Alegre, 16 de julho de 2010.

Sr. Presidente,

Através do presente ofício e cumprindo determinação aprovada em Assembléia Geral da AFFOSPA vimos solicitar providências e oferecer suporte para algumas questões cruciais que nos preocupam e influem diretamente na qualidade de nosso trabalho na Fundação OSPA. Como funcionários da Fundação OSPA, estamos mobilizados para o crescimento e desenvolvimento pleno de nossas atividades bem como interessados em melhorar as condições de trabalho e valorização de nossa profissão. Como costuma acontecer em qualquer categoria profissional, a mobilização e efetiva participação dos profissionais em torno de objetivos comuns, permitem com que problemas e soluções possam ser examinados sob diferentes ângulos. As recentes reuniões da orquestra para tratar dos temas a serem abordados nesse ofício demonstram uma forte vontade dos músicos em colaborar para a solução de nossos problemas, alavancados na nossa experiência e conhecimento dos pormenores técnicos e artísticos na nossa profissão e no nosso trabalho na Fundação OSPA. Assim sendo, gostaríamos de propor uma mobilização permanente e ações pontuais que possam atingir nossos objetivos nos seguintes itens:

* Condições de trabalho na sala de ensaio do Cais Mauá: ainda não foi encontrada solução satisfatória na questão acústica e no tratamento adequado do volume sonoro da sala de ensaios. Isso tem causado com que os o volume de som (em decibéis) produzido na interação dos instrumentos com esta sala esteja muito acima do adequado e permitido para a saúde auditiva no exercício da profissão. Lembramos que, simplesmente, distribuir protetores auriculares (ou “tampões de ouvido”) não resolve a situação, além de ser algo completamente contrária à natureza de nossa profissão, onde necessitamos escutar os colegas e diferentes instrumentos. Assim sendo, sugerimos a realização de estudos técnicos por profissionais qualificados que possam minimizar o problema do forte e excessivo volume sonoro a que somos diariamente submetidos. Sugerimos que essa reforma seja realizada imediatamente, aproveitando o período próximo de recesso da orquestra. Lembramos que para o mês de agosto estão programadas obras sinfônicas que exigem grande número de instrumentistas com conseqüente aumento do volume sonoro.

* Garantia de utilização da sala de ensaios no Cais Mauá pela OSPA enquanto perdurar a construção do Teatro: com a abertura da licitação do “Projeto de Revitalização do Cais Mauá” é de importância capital assegurar a permanência na sala de ensaios (adequadamente adaptada e tratada) para a continuidade do trabalho. Lembramos que a orquestra já esteve, provisoriamente, abrigada no Salão Alberto Pasqualini do Palácio Piratini e é fundamental que encontremos uma solução duradoura para as instabilidades e incertezas que súbitas e inesperadas mudanças provocam. Sugerimos que sejam buscadas soluções e alternativas junto às autoridades competentes e realizados contatos e negociações para que a Orquestra não seja obrigada a desocupar a sala até que esteja concluída a construção do Teatro Sinfônico.

* Construção do Teatro Sinfônico da OSPA: mobilizar a sociedade e sensibilizar as autoridades para a construção através de ações afirmativas e integradoras no local. Realização de concertos e manifestações no terreno com mobilização e ações pontuais de músicos, administração, mídia e sociedade em prol da construção do Teatro (antes da Copa do Mundo de 2014).

* Reativação do Conservatóro Pablo Komlós (antiga Escola de Música da OSPA): contratação de 12 (doze) professores através funções gratificadas (FG´s) voltando a atender uma média de trezentos alunos que atuam como multiplicadores culturais. (processo nº. 145-1157/06.9, Gratificação para Professores de música da escola da OSPA)

* Realização de concurso público para suprir vagas na orquestra e administração da FOSPA. (processo 148-1157/06.9, Concurso ).

* Equiparação da matriz salarial com orquestras similares no Brasil através da implantação do Quadro Geral da Fundação OSPA.

Também comunicamos que estamos retomando nossas atividades orquestrais uma vez que foram realizados acenos positivos quanto ao reajuste na manutenção dos instrumentos (cf. ofício n 03/2010 e processo nº. 101-1157/06.0) e, assim sendo, voltaremos a utilizar nossos instrumentos particulares para a realização de ensaios e concertos programados pela Fundação OSPA. Aguardamos, ainda, a publicação do decreto pela. Exma. Sra. Governadora, Yeda Rorato Crusius, regularizando essa situação.

Colocamo-nos a disposição para auxiliar ou esclarecer quaisquer pontos constantes nesse documento, aguardando uma posição concreta e efetiva que ajudem-nos a sanar os problemas citados. Contando com sua compreensão e vontade, despedimo-nos.



Atenciosamente,

ELSDOR RICARDO LENHART
PRESIDENTE da AFFOSPA

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Visita ao Secretário Elói Guimarães

A Diretoria da AFFOSPA, representada pelo seu Presidente, Esldor Lenhardt, e seu 2º Secretário, Leonardo Winter, foi recebida ontem pelo Secretário da Administração e dos Recursos Humanos, vereador Elói Guimarães.

Motivo da visita foi apresentar ao Secretário a pauta contendo os tópicos mais problemáticos e mais essenciais para o bom funcionamento e a evolução da FOSPA.


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Comentários no Blog

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terça-feira, 13 de julho de 2010

Comentários neste blog


A seção de comentários está aberta à participação de toda e qualquer pessoa.

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ESCLARECIMENTO



A Associação dos Funcionários da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (AFFOSPA) vem, através desta, esclarecer que está mobilizada para que seja cumprida a Lei 12404 de 20 de dezembro de 2005 que trata do reajuste da manutenção dos instrumentos e indumentária de seus funcionários. Lembramos que os instrumentos musicais utilizados nos concertos da Fundação OSPA são de propriedade particular dos músicos que os adquiriram e os mantém em condições adequadas para utilização. Quanto à indumentária (fraque, smoking e terno social) refere-se as vestimentas utilizadas pelos músicos em concertos da Fundação OSPA que também as adquiriram e as mantém para fins de suas apresentações.


A lei 12404 em seu artigo 4° afirma: “Aos titulares dos cargos efetivos isolados criados por esta lei será concedido uma indenização mensal destinada à manutenção dos instrumentos musicais bem como do vestuário exigido para as apresentações da OSPA [...] e que será reajustada anualmente no mês de março por decreto do poder executivo tendo por base planilha de custos elaborada pela FOSPA” (grifo nosso). Porém, esta indenização encontra-se sem reajuste financeiro desde 2006 causando reiterados prejuízos financeiros aos músicos que tem obrigação de arcar com custos crescentes na manutenção dos instrumentos e indumentária. Assim sendo, decidimos reivindicar junto ao Governo do Estado do RS o cumprimento dessa lei para que possamos continuar desempenhando o nosso trabalho com o elevado nível artístico que sempre caracterizou a OSPA. Outrossim, alertamos que não disponibilizaremos nossos instrumentos musicais particulares até que nossa justa reivindicação seja atendida.

Solicitamos e contamos com a compreensão da sociedade que sempre nos apoiou.

Postagem Inaugural: Mobilização



Os músicos da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre estão mobilizados em torno de questões essenciais para o adequado exercício de sua profissão, bem como para o desenvolvimento da música orquestral sinfônica no Estado do RS.

Este blog é lançado hoje como parte desta iniciativa coletiva e organizada em prol de uma Orquestra melhor para todos os cidadãos e cidadãs.

Esta iniciativa é coordenada pela AFFOSPA - Associação dos Funcionários da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre - órgão que representa os músicos da OSPA, e cujos comunicados e posições oficiais passam a ser publicados nesta página.

O assunto mais premente no momento é o problema da defasagem na parcela de manutenção de instrumentos e indumentária.

A exigência do cumprimento da lei que regulamenta esse reajuste teve ampla repercussão. Noticiaram sobre o assunto p.ex. o jornal eletrônico Sul 21, o Jornal Zero Hora, a Revista Concerto (de âmbito nacional), e até mesmo a página da Procuradoria Geral do Estado.



Enganar-se-ia, e muito, quem porventura viesse a supor que os músicos estejam interessados em questões pecuniárias pura e simplesmente.

A reivindicação do reajuste é apenas um item de uma lista de questões fundamentais para o exercício da arte orquestral sinfônica entre nós. Alguns dos outros itens são:

- o situação de virtual fechamento do Conservatório Pablo Komlós (antiga Escola de Música da OSPA),

- a problemática da acústica (insalubridade) da atual sala de ensaios (Armazém A3 do Cais do Porto), e

- o impasse relativo à construção do Teatro Sinfônico.


Os músicos da OSPA querem dar uma contribuição ativa para o encaminhamento destas e de outras questões que afligem a Fundação.